domingo, 9 de agosto de 2015

PREZI TDAH

https://prezi.com/dtxqe17u_lsl/copy-of-transtorno-do-deficit-de-atencao-e-hiperatividade/#

TEMPO DE APRENDER



O presente texto trará uma reflexão sobre o tempo escolar. O tempo é algo abstrato, mas completamente mensurável, divisível, comparável, este é o aspecto o quantitativo e  é extrínseco ao ser. O aspecto  qualitativo (o tempo interno, que envolve as características individuais de cada pessoa, sua disponibilidade, organização interna e potencial), e o sequencial (tempo que diz respeito à elaboração, conceituação, maturação e aplicação prática dos conhecimentos adquiridos, a organização temporal de atos e fatos).
 Alguns aspectos devem ser considerados quando falamos de aprendizaagem:
 –  personalidade;
–  interesse e motivação;
–  capacidade intelectual;
–  ritmo pessoal de trabalho e de progresso.
Cada criança terá seu tempo e exigirá respeito e uma adaptação adequada para que evolua em seu processo de aprendizagem. sabemos que alunos com autismo, PC, SD ou outras necessidades educativas especiais necessitam de mais práticas e repetições, mas devemos variar convenientemente a apresentação do material para evitar rotina e desinteresse e possibilitar que se detectem focos de interesses e estratégias de apoio eficientes. Gibson (1985) afirmou que crianças com SD e outras deficiências não são apenas atrasadas; elas têm algumas dificuldades específicas de aprendizagem e seus programas devem ser estruturados com vista a compensar diretamente estas dificuldades.
O desenvolvimento cognitivo da criança com SD e necessidades educativas especiais passa essencialmente pelas mesmas etapas do desenvolvimento cognitivo de todas as crianças, porém de maneira mais lenta. Apresenta dificuldades de superação de algumas etapas, com patamares mais extensos entre as novas aquisições, que não necessariamente significam parar, ou estacionar na aprendizagem, e representam um tempo de consolidação, apropriação das aquisições anteriores.
Resultado de imagem para tempo e criança
 O déficit de integração temporal acarreta distúrbios em duas das funções cognitivas: em certas formas de memória, especialmente a de curto prazo e na planificação prospectiva. Crianças com SD ou deficiências intelectuais podem ter dificuldade em desenvolver estratégias espontâneas para melhorar a capacidade de memória, o que compromete a retenção dos conhecimentos. Conscientes desta dificuldade, professores devem estimulá-las com intervenções adequadas.
Definir o ritmo de cada aluno é tarefa difícil. Na hora de sistematizar os objetivos específicos e parciais para um aluno, podem se encontrar dificuldades, porque nem sempre é evidente o funcionamento cognitivo da criança, se ela precisa de maiores parcelamentos do conteúdo ou se avança “pulando” algum passo. A experiência tem demonstrado que é mais eficaz determinar que a criança necessita avançar pouco a pouco, tendo êxito sempre e que, para isso, há que se elaborar muitos passos intermediários antes de chegar a um objetivo mais geral. Se uma criança não precisar de todos esses passos, ela mostrará ao professor, que lhe facilitará seu avanço mais rápido.O professor precisa ser observador, flexível e criativo para analisar as causas da falta de progressos ou de progressos muito lentos, e assim modificar o programa. O importante é fugir das aquisições mecânicas, que permitem inserir comportamentos passivos e reativá-los sob comando, satisfazendo em parte as fantasias reparadoras.
Alguns aspectos que revelam a abrangência e importância da noção TEMPO na aprendizagem na SD e outras deficiências intelectuais:
 1. a noção temporal propriamente dita, conceitos de antes, depois, ontem, hoje, amanhã, dias da semana, podem demorar  a ser  adquiridos.
2. a criança pode ter dificuldade na sequencialização temporal em relação à organização da sílaba na palavra, da  palavra na frase, da frase na narrativa.
3. dificuldade em organizar fatos temporalmente em suas narrativas.
4. pode ter menor tempo de atenção e concentração em atividades.
5. a criança precisa de mais tempo para aprender.
6. permanece mais tempo em determinados patamares de aprendizagem.
7. apresenta tempos diferentes, assincronias entre suas próprias aquisições.
8. precisa de mais tempo para responder.
9. seu tempo lentificado costuma causar ansiedade nos pais, professores e terapeutas.
10. a ansiedade provocada por seu tempo lentificado nos adultos que a cercam, pode desencadear na criança insegurança e  desmotivação para aprender.

 Referências Bibliográficas:
– Síndrome de Down / José Salomão Schwartzman…[et.al] – São Paulo : Ed. Mackenzie : Memnon, 1999
– Síndrome de Down y Educación – Jesús Florez e Maria Victoria Troncoso. Cantabria : Masson-Salvat Medicina, 1991