domingo, 29 de março de 2015

CARTAS DE PAULO FREIRE



Há tempo venho lendo e relendo as cartas desde velho amigo dos professores.
Confesso que o meu primeiro contato com as ideias deste autor foi na Faculdade de Pedagogia, no primeiro ano com o livro intitulado: "A Importância do Ato de Ler".

Algum tempo depois li "Pedagogia do Oprimido", ainda muito jovem e repleta de sonhos, quis mudar o mundo através daquilo que na época entendia como uma educação emancipatória.

 Um pouco já madura, li "Pedagogia da Autonomia". E me deslumbrei com a forma poética (eu percebi assim) como os assuntos foram abordados.

Também concordo com Paulo Freire em "Professora sim, tia não!, quando afirma que ser chamada de "tia" tende a enfraquecer o caráter político de trabalho docente.

Resolvi então seguir alguns blogs e sites que trazem obras deste autos. Compartilho aqui os que mais gostei, enfatizando que Cartas a Cristina estão entre os meus favoritos:









    1. Cartas a Cristina: reflexões sobre minha vida e minha práxis

      www.espacoacademico.com.br/031/31liv_pfreire.htm


    2. www.projetomemoria.art.br/PauloFreire/.../08_biografia_correspondenci...PDF]
    3. Cartas Pedagógicas - KingHost

      camp.web311.kinghost.net/arquivos/cartas.pdf

    4. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à ... - Uesb

      www2.uesb.br/pedh/wp-content/uploads/.../Pedagogia-da-Autonomia.pdf

    5. www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103...

CYBERBULLYING





Em recente Pesquisa, a Fundação Telefônica no estado de São Paulo, apontou que aproximadamente, 68% dos jovens ficam on line aproximadamente uma hora por dia. Os contatos mais comuns são chats de relacionamento, MSN (troca de mensagens instantâneas, redes sociais e outras formas de contato virtual). 

Nem sempre o tempo destinado ao meio digital é aproveitado de forma  saudável. Uma faceta cada vez mais comum de agressão ganha contorno: o cyberbullying. Esta é uma prática  na qual o agressor não tem o critério de identificação, o que facilita o uso de ameaças, xingamentos e humilhações.

Cyberbullying nada mais é do que a utilização dos meios eletrônicos para criar constrangimento a alguém.

Tal agressão deixa a marca da insegurança na criança ou no adolescente, que passam a não se sentirem bem em lugar nenhum e tampouco têm seus espaços e identidades respeitados.

O fato do agressor não estar frente a frete com a vítima não minimiza os efeitos das agressões e nem restringe o espaço onde a vítima se sente constrangida. 

Especificamente, esta é uma extensão da prática de bullying que ocorre em outros meios e tem na escola um espaço de atuação importante, infelizmente.

Como ocorre?

As mensagens chegam através de e-mails, fotos, torpedos, scraps e crescem à medida que o acesso à informatização não sofre supervisão de um adulto responsável.

Aceitar novos e desconhecidos contatos à rede social pode ser altamente negativo. Embora as empresas primem pela segurança dos usuários, há os fakes (perfis falsos) que invadem as redes sociais e aumentam  o números de “amigos” ou “seguidores” (no caso do Twitter).

Como previnir?

-Pais e professores devem supervisionar as crianças durante o uso do computador em casa e na escola. Embora isto nem sempre seja possível, demonstra interesse ao jovem por aquilo que faz diante da telinha;
-Mostrar aos jovens a questão do limite. Desde o tempo disponível ao uso do PC, quanto auxílio na construção do respeito e nas formas de relacionamentos  saudáveis;
-Sempre que possível, sentar junto da criança a fim de perceber o seu interesse pelo mundo virtual;
-Identificar sinais de apatia, repulsa ou medo da criança ou do jovem frente a novos desafios;
-Finalmente, alertar as crianças e jovens para os riscos do  uso inadequado das tecnologias e favorecer o uso responsável e moderado das atividades que  mundo cibernético apresenta.

DICA DE FILME:
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CONSIDERAÇÕES SOBRE A DISLEXIA

CONSIDERAÇÕES SOBRE A DISLEXIA

Warlen Fernandes 




PRIMEIRAS PALAVRAS:


Ao falarmos sobre o processo de alfabetização, torna-se pertinente realçarmos uma questão que vem necessariamente associada a um sistema de escrita de base alfabética: a questão da convencionalidade imposta ao uso alfabético dos símbolos. Embora a questão seja ampla, entendemos que ao apreender a base alfabética, a criança manifesta a tendência a representar (em muitos momentos) a própria oralidade. Assim, a criança constrói sua hipótese de escrita de determinadas palavras. A escrita existe para representação das palavras da língua. Assim, a  compreensão da escrita como representação permite a leitura.

Mas nem sempre esta passagem é tranquila para a criança. Estima-se que, no Brasil, cerca de mais 15 milhões de pessoas têm algum tipo de 'necessidade especial'. E em muitos momentos  o educador das séries iniciais depara-se com meros distúrbios da aprendizagem ou muitas vezes com diagnósticos precoces e equivocados que merecem melhor apuração dos agentes educacionais envolvidos.

Comumente, a ansiedade dos pais ou da própria escola desconsidera que cada criança possui um ritmo próprio de aprendizagem. Não será nosso foco aqui relatar as necessidades especiais: mental, auditiva, visual, físico, conduta ou deficiências múltiplas. Mas lembramos que cerca de noventa por cento das crianças da Educação Básica passam por algum tipo de dificuldade de aprendizagem vinculada à linguagem. A dislexia será a de maior incidência.

CONCEITUANDO:

Mas o que é a dislexia?  Dislexia é a incapacidade parcial de a criança ler compreendendo o que  lê, apesar de visão, audição, inteligência normais.  E  sem que  passe privação de ordem doméstica, cultural ou nível social. Há disléxicos em todas as camadas sociais. 
 A dislexia é caracterizada pela dificuldade na aprendizagem e não pode ser confundida com "falta de vontade ou interesse" para aprender. Afeta a leitura e a escrita e geralmente é detectada no início do processo de alfabetização. Não deve ser confundida com patologia. Como afirmamos, trata-se de um distúrbio e não de uma doença.

Uma criança não é disléxica porque teve seu desenvolvimento comprometido em decorrência de fatores como gestação inadequada, alimentação imprópria ou nascimento prematuro.  A criança dislexia   pode ser um portador de alta habilidade. E focar na música, na dança, no teatro ou no trato com os números.

A dislexia é forte aliada da evasão escolar. A isto devemos uma crítica mais profunda acerca de nossa legislação educacional (Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, Resoluções, e tantas outras) não trata as diversas necessidades especiais dos educandos de forma clara, coesa e objetiva.

A Constituição Federal em seu artigo 208, III. CF relata que " O dever do estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento educacional especializada aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”.

A nossa LDB ( 9394/96) faz referência  às necessidades especiais: "O dever do estado com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino" (Art. 4º).

CARACTERIZA-SE SEGUNDO A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISLEXIA PELOS SEGUINTES FATORES:

  • Dificuldade com a linguagem escrita;
  • Dificuldade em escrever;
  • Dificuldade em lidar com as normas ortográficas;
  • Lentidão na aprendizagem da leitura.
A pessoa com Dislexia apresenta:
  • Dificuldade no reconhecimento de letras e sílabas;
  • Disgrafia
  • Discalculia
  • Confusão de direção / lateralidade
  • Soletração defeituosa
  • Baixa autoestima.

A criança com dislexia pode também apresentar conduta típica, com síndrome e quadro de ordem psicológica, neurológica e linguística, de modo que sua síndrome compromete a aprendizagem eficaz e eficiente de leitura e escrita, mas não chega a comprometer seus ideais, ideias, talentos e sonhos. Por isso, diagnosticar, avaliar e tratar a dislexia, conhecer seu tipo, sua natureza, é um dever do Estado e da Sociedade e um direito de todas as famílias com crianças disléxicas em idade escolar.

Com  base em nossa experiência e em estudos pertinentes ao tema, o que importa é conhecer os nossos educandos. Reconhecer suas necessidades, incentivar, ouvir a família. Falar em INCLUSÃO é falar de parcerias. É falar também em assistir as famílias.
Isso não significa submeter a criança e sua família a múltiplos e cansativos atendimentos. Mas é indispensável que ocorra a acolhimento da criança e de suas dificuldades.

Finalmente,  é preciso salientar que o domínio do código gráfico não assegura de imediato o domínio dos usos da escrita. Comumente confunde-se o estar alfabetizado com a capacidade para entrar no sistema alfabético da escrita.

QUANTO AO DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico,  é sempre multidisciplinar e deve ser pautado na história de vida da criança e de sua família bem como, nas relações que estabelece na escola.

HÁ TRATAMENTO PARA A DISLEXIA?
Sim. E tem por finalidade dar suporte às atividades escolares objetivando a autonomia. Após o diagnóstico, realizado por uma esquipe multidisciplinar, o atendimento psicopedagógico deve ser iniciado e as sessões serão agendadas de acordo com a necessidade da criança. O psicopedagogo usará diferentes estratégias de aprendizagem para tornar o aprender mais interessante: brinquedos, jogos, alfabeto móvel, dentre outros.

ENTENDA MELHOR:





FINALIZANDO...

A atuação psicopedagógica dará conta de realçar os pontos positivos da criança. A ênfase nunca será naquilo que não sabe. Mas naquilo que ela já é capaz de realizar.

A família, o professor e o psicopedagogo deverão estar em sintonia. E caberá ao professor ajudar a criança a não sofrer discriminação em sala de aula diante das dificuldades.

Neste sentido, o professor deverá buscar um novo caminho, estudar, perguntar, investigar, intervir e dialogar com as partes envolvidas no processo de autonomia da criança.

SUGESTÃO DE LEITURA PARA A SALA:







SUGESTÃO DE FILME PARA O PROFESSOR:

Como estrelas na Terra, toda criança é especial.


CONHEÇA PESSOAS FAMOSAS QUE CONVIVERAM COM A DISLEXIA:





REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

DORNELES, B. Considerações sobre o trabalho de reeducação baseado na teoria psicogenética de Piaget. 1985 (mimeo)


http://www.richmond.com.br/acontece/disturbio-transtorno-doenca-ou-sindrome-afinal-onde-se-encaixa-a-dislexia/