Pluralidade,
garimpo de palavras, pedaços de sonhos, sorrisos, verso e reverso,
cuidado... em uma analogia a poesia
Relógio (Oswald de Andrade), todos estes conceitos compõe o cenário
educacional. Cada palavra que vai, traz uma nova motivação, cada palavra que
vem, uma nova forma de escuta. O tempo flui e com ele, os nossos projetos vão
se delineando. Como nuvens no céu azul, buscamos formas de acordo com aquilo
que já conhecemos. Nada é tão novo, nada é tão velho... os conceitos moram e
mim. A dúvida é fiel parceira e seduz para novas buscas.
O
tempo escolar é um desafio. Tempo e espaço se configuram numa relação de
desafio ao fazer docente. Tempos que delimitam estruturas, expandem e recuam
projetos. O tempo de plantar a semente do conhecimento e de colher seus frutos
é instigante! O tempo que imprime ritmo e cadência ao trabalho em sala de aula.
Um
tempo que traz à tona olhares: sobre aquilo que eu sei, sobre aquilo que o
outro já sabe; sobre a provocação da forma de olhar. ‘Como olho a criança que
chega?’ indago, provocando o pensar.
Um
tempo de caminhar e explorar novos temperos, de degustar o banquete do conhecimento.
Aprender como os pares, com a criança, com o mais velho, com o diferente: incluir e jamais rejeitar o outro que chega de coração aberto.
Quantas vezes somos surpreendidos por uma impressão equivocada de ser humano,
de conceito, de julgamentos, de mundo? Com pré-conceitos, convicções que tendem a balançar como numa ponte móvel.
E
o mundo gira num tempo fragmentado,
frente ao qual consumimos saberes e sabores, ora doces, ora amargos; investimos em informações e
conhecimentos, em fatos e acontecimentos; investimos em pessoas... e como é bom
investir em gente, em ‘gentes’! Eis aí o grande legado da Educação.