quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

TEMPOS, TEMPEROS E SABERES

Pluralidade, garimpo de palavras, pedaços de sonhos, sorrisos, verso e reverso, cuidado...  em uma analogia a poesia Relógio (Oswald de Andrade), todos estes conceitos compõe o cenário educacional. Cada palavra que vai, traz uma nova motivação, cada palavra que vem, uma nova forma de escuta. O tempo flui e com ele, os nossos projetos vão se delineando. Como nuvens no céu azul, buscamos formas de acordo com aquilo que já conhecemos. Nada é tão novo, nada é tão velho... os conceitos moram e mim. A dúvida é fiel parceira e seduz para novas buscas.

O tempo escolar é um desafio. Tempo e espaço se configuram numa relação de desafio ao fazer docente. Tempos que delimitam estruturas, expandem e recuam projetos. O tempo de plantar a semente do conhecimento e de colher seus frutos é instigante! O tempo que imprime ritmo e cadência ao trabalho em sala de aula.

Um tempo que traz à tona olhares: sobre aquilo que eu sei, sobre aquilo que o outro já sabe; sobre a provocação da forma de olhar. ‘Como olho a criança que chega?’ indago, provocando o pensar.

Um tempo de caminhar e explorar novos temperos, de degustar o banquete do conhecimento. 

Aprender como os pares, com a criança, com o mais velho, com o diferente: incluir e jamais rejeitar o outro que chega de coração aberto.

Quantas vezes somos surpreendidos por uma impressão equivocada de ser humano, de conceito, de julgamentos, de mundo? Com pré-conceitos, convicções que tendem a balançar como numa ponte móvel.


E o  mundo gira num tempo fragmentado, frente ao qual consumimos saberes e sabores, ora doces, ora amargos; investimos em informações e conhecimentos, em fatos e acontecimentos; investimos em pessoas... e como é bom investir em gente, em ‘gentes’! Eis aí o grande legado da  Educação.