terça-feira, 30 de agosto de 2016

ESTRATÉGIAS DE ENSINO: ALGUMAS IDEIAS

Na tentativa de organizar material para o meu TCC em Educação Inclusiva, encontrei esta listagem de estratégias de ensino que podem ajudar a nortear o trabalho docente.

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 Estratégias de Ensino
Estratégia Descrição
Descrição
Aula expositiva
dialogada
É uma exposição do conteúdo, com a participação ativa dos estudantes, cujo conhecimento prévio deve ser considerado e pode ser tomado como ponto de partida. O professor leva os estudantes a questionarem, interpretarem e discutirem o objeto de estudo, a partir do reconhecimento e do confronto com a realidade. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 79).
Estudo de texto

É a exploração de ideias de um autor a partir do estudo crítico de um texto e/ou a busca de informações e exploração de ideias dos autores estudados. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 80)
Portfólio

É a identificação e a construção de registro, análise, seleção e reflexão das produções mais significativas ou identificação dos maiores desafios/dificuldades em relação ao objeto de estudo, assim como das formas encontradas para superação. (ANASTASIOU; ALVES, 2004,p. 81).
Tempestade
cerebral

É uma possibilidade de estimular a geração de novas ideias de forma espontânea e natural, deixando funcionar a imaginação. Não há certo ou errado. Tudo o que for levantado será considerado, solicitando-se, se necessário, uma explicação posterior do estudante. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 82).
Mapa conceitual

Consiste na construção de um diagrama que indica a relação de conceitos em uma perspectiva bidimensional, procurando mostrar as relações hierárquicas entre os conceitos pertinentes à estrutura do conteúdo. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 83).
Estudo dirigido

É o ato de estudar sob a orientação e diretividade do professor, visando sanar dificuldades específicas. É preciso ter claro: o que é a sessão, para que e como é preparada. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 84).
Estudo dirigido e
aulas orientadas

Permite ao aluno situar-se criticamente, extrapolar o texto para a realidade vivida, compreender e interpretar os problemas propostos, sanar dificuldades de entendimento e propor alternativas de solução; Exercita no aluno a habilidade de escrever o que foi lido e interpretá-lo; Prática dinâmica, criativa e crítica da leitura. (MARION; MARION, 2006, p. 42); (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 279-280).
Lista de discussão
por meios
informatizados

É a oportunidade de um grupo de pessoas poder debater, à distância, um tema sobre o qual sejam especialistas ou tenham realizado um estudo prévio, ou queiram aprofundá-lo por meio eletrônico. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 85).
Ensino à distância
As ferramentas usadas no ensino à distância vão das mais simples, como o ensino por correspondência sem apoio ou tutoria, pela comunicação apenas entre educador e educando, até os métodos mais sofisticados, que incluem esquemas interativos de comunicação não presencial via satélite, ou por redes de computadores. (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 289-294).
Ensino à distância
Solução de problemas
É o enfrentamento de uma situação nova, exigindo pensamento reflexivo, crítico e criativo a partir dos dados expressos na descrição do problema; demanda a aplicação de princípios, leis que podem ou não ser expressas em fórmulas matemáticas. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 86).
Resolução de
exercícios

O estudo por meio de tarefas concretas e práticas tem por finalidade a assimilação de conhecimentos, habilidades e hábitos sob a orientação do professor. (MARION; MARION, 2006, p. 46).
Ensino em
pequenos grupos

É uma estratégia particularmente válida em grandes turmas, pois consiste em separar a turma em pequenos grupos, para facilitar a discussão. Assim, despertará no aluno a iniciativa de pesquisar, de descobrir aquilo que precisa aprender. (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 278-279).

Phillips 66
É uma atividade grupal em que são feitas uma análise e uma discussão sobre temas / problemas do contexto dos estudantes. Pode também ser útil para obtenção de informação rápida sobre interesses, problemas, sugestões e perguntas. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 87).
Grupo de
verbalização e de
observação
(GV/GO)
É a análise de tema/problemas sob a coordenação do professor, que divide os estudantes em dois grupos: um de verbalização (GV) e outro de observação (GO). É uma estratégia aplicada com sucesso ao longo do processo de construção do conhecimento e requer leituras, estudos preliminares, enfim, um contato inicial com o tema. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 88).
Dramatização

É uma apresentação teatral, a partir de um foco, problema, tema etc. Pode conter explicitação de ideias, conceitos, argumentos e ser também um jeito particular de estudo de casos, já que a teatralização de um problema ou situação perante os estudantes equivale a apresentar-lhes um caso de relações humanas. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 89).
Seminário

É um espaço em que as ideias devem germinar ou ser semeadas. Portanto, espaço, onde um grupo discuta ou debata temas ou problemas que são colocados em discussão.(ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 90).
Estudo de caso
É a análise minuciosa e objetiva de uma situação real que necessita ser investigada e é desafiadora para os envolvidos. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 91).
Júri simulado
É uma simulação de um júri em que, a partir de um problema, são apresentados argumentos de defesa e de acusação. Pode levar o grupo à análise e à avaliação de um fato proposto com objetividade e realismo, à crítica construtiva de uma situação e à dinamização do grupo para estudar profundamente um tema real. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 92).
Simpósio

É a reunião de palestras e preleções breves apresentada por várias pessoas (duas a cinco) sobre um assunto ou sobre diversos aspectos de um assunto. Possibilita o desenvolvimento de habilidades sociais, de investigação, amplia experiências sobre um conteúdo específico, desenvolve habilidades de estabelecer relações. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 93).
Painel

É a discussão informal de um grupo de estudantes, indicados pelo professor (que já estudaram a matéria em análise, interessados ou afetados pelo problema em questão), em que apresentam pontos de vista antagônicos na presença de outros. Podem ser convidados estudantes de outras fases, cursos ou mesmo especialistas na área. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 94).
Palestras

Possibilidade de discussão com a pessoa externa ao ambiente universitário sobre um assunto de interesse coletivo, de acordo com um novo enfoque; Discussão, perguntas, levantamento de dados, aplicação do tema na prática, partindo da realidade do palestrante. (MARION; MARION, 2006, p. 42); (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 288-289).
Fórum

Consiste num espaço do tipo “reunião”, no qual todos os membros do grupo têm a oportunidade de participar do debate de um tema ou problema determinado. Pode ser utilizado após a apresentação teatral, palestra, projeção de um filme, para discutir um livro que tenha sido lido pelo grupo, um problema ou fato histórico, um artigo de jornal, uma visita ou uma excursão. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 95).
Discussão e
debate

Sugere aos educandos a reflexão acerca de conhecimentos obtidos após uma leitura ou exposição, dando oportunidade aos alunos para formular princípios com suas próprias palavras, sugerindo a aplicação desses princípios. (MARION; MARION, 2006, p. 42-44).
Oficina
(laboratório ou
worshop)

É a reunião de um pequeno número de pessoas com interesses comuns, a fim de estudar e trabalhar para o conhecimento ou aprofundamento de um tema, sob orientação de um especialista. Possibilita o aprender a fazer melhor algo, mediante a aplicação de conceitos e conhecimentos previamente adquiridos. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 96).
Escritório,
laboratório ou
empresa modelo
Proporciona ao aluno contato com a tecnologia da informação, os reflexos de má informação gerada, as inúmeras possibilidades de erros e os consequentes acertos. (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 286-288).
Estudo do meio
É um estudo direto do contexto natural e social no qual o estudante se insere, visando a uma determinada problemática de forma interdisciplinar. Cria condições para o contato com a realidade, propicia a aquisição de conhecimentos de forma direta, por meio da experiência
vivida. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 97).
Ensino com
pesquisa

É a utilização dos princípios do ensino associados aos da pesquisa: Concepção de conhecimento e ciência em que a dúvida e a crítica sejam elementos fundamentais; assumir o estudo como situação construtiva e significativa, com concentração e autonomia crescente; fazer a passagem da simples reprodução para um equilíbrio entre reprodução e análise.(ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 98).
Exposições, excursões e visitas

Participação dos alunos na elaboração do plano de trabalho de campo; Possibilidade de integrar diversas áreas de conhecimento; Integração do aluno, através da escola, com a sociedade, através das empresas; Visualização, por parte do aluno, da teoria na prática;
Desenvolvimento do pensamento criativo do aluno e visão crítica da realidade em que ele se insere. (MARION; MARION, 2006, p. 37-38); (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 276-277).
Jogos de
empresas
Os alunos tornam-se agentes do processo; São desenvolvidas habilidades na tomada de decisões no nível administrativo, vivenciando-se ações interligadas em ambientes de incerteza; Permite a tomada de decisões estratégicas e táticas no gerenciamento dos recursos da empresa, sejam eles materiais ou humanos; (MARION; MARION, 2006, p. 50); (PETRUCCI e BATISTON (2006, p. 281-283).
Ensino
individualizado

O ensino individualizado é a estratégia que procura ajustar o processo de ensino-aprendizagem às reais necessidades e características do discente. (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 294-298).

Fonte: elaborado com base em ANASTASIOU e ALVES (2004, p. 79); MARION e MARION (2006); PETRUCCI e BATISTON (2006).

domingo, 6 de março de 2016

SOBRE O SENTIR-SE




Somos seres dotados de sentidos. Aprendemos isto ainda pequeno e depuramos com o tempo. Contudo, parece haver uma ruptura neste sentir. Duarte Junior chama a isto de “A crise dos Sentidos” e convida o educador e rever-se.
O professor é aquele profissional que transita pelos vários campos do conhecimento e deve revisitar-se constantemente.
Ao planejar aulas, ao elaborar relatórios, ao avaliar... o nosso fazer é dotado de significações.
Muitas vezes, nos afazeres da sala de aula, somos movidos a parar e olhar para o aluno para além daquilo que se apresenta.
Faz-se necessário que nos indaguemos: que aluno quero formar? como olho para este aluno? que devolutivas positivas posso lhe dar ao fim das aulas?
Necessário se torna que nossas memórias possam ser reconstruídas modificando o presente e o futuro.
Quão ricas são as trocas entre nossos pares dentro e fora da escola! Sozinhos não fazemos absolutamente nada. A força vem do trabalho coletivo, da participação, das trocas, por mais singelas que possam parecer.
Cabe-nos, enquanto profissionais críticos, descentralizar as decisões, romper com os modelos e fazer uma leitura ou releitura e reinterpretação dos fatos à nossa volta (hermenêutica).
Nesta linha, devo indagar: que diálogo estabeleço com os meus pares, com as famílias, com meus alunos? me atenho aos conteúdos ou ouso ir além?
Onde quero chegar com a minha prática docente? o que é uma boa aula? em que momento permito-me aprender com meus alunos?
Nesta pluralidades, somos múltiplos de nós mesmos. Somos um universo dentro de outro universo...universão e não (uni) (versão).
Cada fazer deve  ser repleto de múltiplos 'fazeres'. Somente assim, o trabalho pedagógico se fortalece e difunde a criticidade.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A MÁGICA QUE SÓ OS HOMENS PODEM FAZER

Em minhas pesquisas diárias, deparei-me com este texto.
Compartilho-o na intenção de que o educador reflita a importância de seu papel.

A Mágica que só os Homens Sabem Fazer

 Um abacateiro dá abacate. 
Uma mangueira dá mangas, 
Uma girafa dá girafinhas.
 Uma nuvem dá chuva.
 E um Homem? 
Em princípio, ele geraria outros homens, apenas.
 Mas há uma diferença entre o abacateiro, a mangueira, a girafa, a nuvem e o Homem. 
O Homem é o único ser da natureza que tem condições de fazer algo mais, além de caçar, dormir e viver como os outros animais.
 Se quiser, o Homem pode voar como os pássaros, pode nadar como as baleias e, principalmente, pode ser eterno.
 Tudo isso quando começa a trabalhar.
 Trabalho é a mágica que faz o Homem se transformar em ser inteligente, capaz de criar de um ovo, uma omelete, de um tecido, uma fantasia, de um barulho, uma música.
  O mais importante é que ele goste muito do trabalho que escolheu e executa. Apenas assim ele consegue ser capaz de criar a fruta mais gostosa: a felicidade .
 E isso cada um tem que conseguir sozinho, ninguém poderá ensiná-lo, ou ajudá-lo, porque, como diz o cacique Apoente: “Uma árvore não pode ensinar outra árvore a crescer”.

(Autor desconhecido)