terça-feira, 21 de abril de 2015

MEDICALIZAÇÃO




Numa sociedade de consumo como a que vivemos, ser feliz é um imperativo cada vez mais cobrado.

Para a psicanalista Maria Rita Kehl, hoje vivemos sob o imperativo da felicidade e do prazer. As pessoas que estão atravessando fases de desânimo ou tristeza absolutamente normais, por contingências da vida, sentem-se logo muito sozinhas, muito erradas, e são tratadas como depressivas. "E ficam deprimidas mesmo, em função disso!", afirma Kehl.




Os medicamentos são ministrados cada vez mais precocemente, como um possível atenuante àquilo que falta na criança, mascarando assim, as reais razões e 'modus operantis' de lidar com cada fase.

Muitos pesquisadores destacam  que existe uma crença de que os medicamentos podem resolver todos os problemas e sofrimentos psíquicos do indivíduo. E isto leva a auto-medicação. E o mais temeroso são os diagnósticos equivocados de crianças típicas que não se encaixam num patamar de 'normalidade'.


Vale lembrar que os medicamentos têm a função de auxiliar o indivíduo na melhora de seu funcionamento físico, o que inclui o funcionamento cerebral.Vale lembrar também que toda medicação tem efeito colateral. Precisamos enxergar e cuidar da criança como um todo. Muitas crianças precisam de uma escuta atenta e de uma intervenção amorosa e pontual.





Comentário postado com base em infomações coletadas no artigo "A psicanálise frente aos males sociais" do site Ciência e Cultura.

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