quarta-feira, 17 de junho de 2015

E POR FALAR EM INDISCIPLINA...






A internalização de regras nem sempre é tarefa simples para as crianças. Encontramos em nossas escolas, crianças que apresentam insucesso na aprendizagem por dificuldades comportamentais. Atitudes inconvenientes segregam os nossos 'pequenos' e os estigmatizam. Instala-se assim a sensação de fracasso.

Recorremos às ideias de Freud para enfatizar que muitas dessas crianças podem ter o ego alterado (como um sistema de defesa).

Vayer (1990) aponta para a integração de atividades de educação corporal enquanto meio de desenvolvimento pessoal e social. A escola é locus de ambiguidades (oxalá)! Encontra assim, dificuldade para articular teoria e prática. O professor pode e deve ajudar o aluno a conhecer-se. Deve atuar na zona de desenvolvimento proximal (segundo Vygotsky),  criar um ambiente rico em estímulos  e de aprendizagem significativa.

A avaliação, em muito, colabora para que o aluno seja considerado 'indisciplinado". A prática avaliativa na escola ainda é embasada em perguntas e respostas, que poderão ser boas ou más na visão de quem avalia. E por que não transformar o erro em algo construtivo? fazer da avaliação um momento de trocas!

A aprendizagem é via de mão dupla. É processo reflexivo e de ações realizadas sobre o objeto. O conhecimento se dá diante daquilo que eu já sei. O aluno não é uma tabula rasa.

O professor precisa ver os seus alunos com o 'olhar da escuta", ler o seu desejo verdadeiro e levá-lo à autonomia.

Mendes (1994)  diz que: "...não consegue reconhecer o desejo de conhecer... e porque insiste...admitir a possibilidade da dúvida". Ou seja, o professor não é o dono do conhecimento, nem o detentor de verdades absolutas. Mas deve mostrar o conhecimento criando espaço para a construção do novo.

Muitos casos de indisciplina voltam-se para a própria postura docente, frente a qual, o professor vive um momento de enorme dificuldade na transmissão de suas insígnias.

Retomamos aqui a premissa de Vygotsky ao enfatizar a importância do papel do professor na organização do trabalho pedagógico.

Que o aluno sinta prazer em aprender e o professor, prazer em ensinar.



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