segunda-feira, 3 de agosto de 2015

DISTROFIA MUSCULAR DO TIPO DUCHENNE




DMD:

A distrofia muscular tipo Duchenne foi descrita pela primeira vez no século XIX (década de 60) por  Guillaume Duchenne.

O QUE É:
Trata-se de uma doença muscular degenerativa mais comum ligada ao sexo, manifestando-se unicamente em meninos, independente de origem étnica e racial, com alta taxa de mutação do  gene localizado no braço curto do cromossomo X. Logo é um defeito localizado no cromossomo X. O gene da DMD localiza-se no braço curto do cromossomo X.
O homem que apresenta um gene defeituoso irá desenvolver a doença visto que ele tem um cromossomo X e um Y. A mulher por ter dois cromossomos X, estará protegida da doença mesmo que um dos seus cromossomos tenha uma mutação, sendo ela portadora; este gene defeituoso poderá ser transmitido pela mulher aos seus filhos do sexo masculino, que desenvolverão a doença, ou as suas filhas que poderão ser portadoras.
Em 2/3 dos casos a mutação é adquirida da mãe e em 1/3 a mutação ocorre no próprio menino afetado.
O gene responsável pela DMD foi clonado em 1986 e identificada a proteína que ele produz, a distrofina, cuja ausência acarreta as alterações musculares. O gene é muito grande e estudos tem identificado uma parte dele que é funcionalmente capaz de produzir tal proteína. Em 65% dos casos, ocorre perda de uma parte do DNA (deleção), em 5% duplicação do gene e em 30% dos casos mutação de ponto.  
INCIDÊNCIA:
Sua incidência de 1 a cada 3.500 nascidos vivos.
Na DMD há ausência de distrofina que é uma proteína do citoesqueleto da membrana da célula muscular que está ligada a um complexo glicoprotéico chamado complexo glicoproteico ligado à distrofina.

Essa deficiência aumenta a permeabilidade da membrana celular e naturalmente aumento do influxo de cálcio para o interior da célula (HOFFMAN, 1987). O aumento da concentração de cálcio intracelular pode aumentar a produção de espécies reativas de oxigênio pela mitocôndria em modelo animal de DMD (NETHERY, 2000).

DIAGNÓSTICO: A confirmação do diagnóstico de DMD é realizado através de testes bioquímicos do sangue que apontará as concentrações da enzima sérica creatina quinase (CK), da biópsia muscular, por histórico familiar e pela apresentação dos sinais clínicos.

PRIMEIROS SINAIS:
Os primeiros sinais e sintomas clínicos se manifestam, em média, entre os 3 e 5 anos de idade. O portador apresenta um atraso para sentar-se, ficar em pé, caminhar, correr, saltar e sofre quedas freqüentes.
Os pacientes perdem a capacidade da marcha entre os 8 e 12 anos de idade. Após este evento, podem surgir deformidades na coluna vertebral e nos membros inferiores, há um maior comprometimento respiratório, o que interfere na  independência funcional e na sobrevida deste paciente

A evolução da DMD, decorrente da degeneração muscular, ocorre de tal forma que a criança por volta de sete a treze anos de idade fica incapacitada de realizar a marcha independentemente. Com a necessidade da utilização da cadeira de rodas, os encurtamentos e os problemas posturais se intensificam, ocasionando normalmente uma cifoescoliose e deformidades em flexão de membros superiores e inferiores, consequentes das contraturas que ocorrem devido ao posicionamento contínuo na posição sentada e pelo próprio processo da doença. Quando há rotações das vértebras na coluna, consequentemente há uma deformidade na caixa torácica, que juntamente com a fraqueza da musculatura, leva a complicações respiratórias repetitivas, sendo estas e o comprometimento cardíaco as causas mais frequentes do óbito do paciente.

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