terça-feira, 11 de agosto de 2015

RESENHA: PEDAGOGIA DA AUTONOMIA






Paulo Freire, nasceu  1921, na cidade de Recife (PE), em 1959 graduou-se em Direito, mas nunca exerceu a profissão.  Dentre tantas obras, publicou aquela que a meu ver deixa mais do que análises e sugestões. Paulo Freire condensa com maestria uma forma de pensar moderna progressista e militante em favor da autonomia do educando.
Pedagogia da Autonomia  mostra um do saberes fundamentais à prática crítico-educativa que segundo Freire é o que adverte da necessária promoção da curiosidade espontânea para a curiosidade epistemológica.
Aborda no primeiro capítulo,  a ideia mestra que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção ou a sua construção.  Nos ensina a pensar certo, não apenas ensinar conteúdos.
No capítulo II, Freire nos ensina a partir do ser do professor. Da infinitude  do ser, que se sabe como tal, que se funda a educação como processo permanente. Ensina-nos que devemos respeitar à autonomia, à dignidade e a identidade do educando.
O autor mostra uma competência geral, um saber de sua natureza e saber especial, ligado a sua atividade docente.

Freire diz que não é apenas objeto da história, mas é sujeito. No mundo da história da cultura, da política ( a prática educativa é em si uma prática política) e constata não para se adaptar, mas para mudar. Mudar é difícil, mas é possível.
No Capítulo III fala de outra qualidade indispensável à autoridade em suas relações com as liberdades é a generosidade.
Outro saber mostrado no livro é o da impossibilidade desunir o ensino dos conteúdos de formação ética dos educadores. De separar prática da teoria, autoridade de liberdade, ignorância de saber, respeito ao professor, de respeito aos alunos, ensinar de aprender. O autor se coloca em favor da compreensão e da prática, da avaliação enquanto instrumento de apreciação do que fazer de sujeitos críticos a serviço, por isso, mesmo, da libertação e não da domesticação. A avaliação em que se estimule o falar a como caminho do falar com.

Sua percepção do homem e da mulher como seres “programados para aprender” e, portanto para ensinar, para conhecer, para intervir, que faz entender a prática como um exercício constante em favor da produção e do desenvolvimento da autonomia de educadores e educando.



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