quarta-feira, 18 de março de 2015

ENSINO COM PESQUISA E ENSINO E PESQUISA: DIVERGÊNCIAS E ENCONTROS

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Falar sobre pesquisa educacional no Brasil é ir além dos aspectos metodológicos.
É pensar em como as pesquisas estão contribuindo para uma mudança de postura do educador frente ao novo paradigma que se apresenta. Também é refletir sobre educador interagindo com a sociedade e com os problemas nela imbricados.

Será pensando na indissociabilidade entre estes dois aspectos que podermos indagar: O que está mudando na educação frente a esta nova “clientela” que está surgindo em todas as esferas do ensino?

É premente a necessidade de desmistificação da visão positivista por tanto tempo reforçada no contexto de elaboração de uma pesquisa.

Faz-se necessário portanto, uma aproximação  entre sujeito pesquisado, objeto de pesquisa e pesquisador.

A atual crise paradigmática realça a importância de uma compreensão histórico- cultural e social do homem, para que o novo possa expandir-se.

Acreditamos na necessidade de diálogo vigoroso entre os que pensam e os que fazem educação.

Tomaremos a universidade como foco de nossas análises, tendo em vista o ensino superior tanto no sentido de superar uma prática marcadamente tecnicista, tanto reconhecê-lo como um espaço multicultural.

             “As universidades caracterizam-se pela oferta regular de atividades
              de ensino, de pesquisa e de extensão, atendendo ao que dispõem os
              arts. 52, 53 3 54 da L.D.B nº 9394 de 1996”.
                                                          Decreto de Lei 3860, de 9/7/2000-
                                                                    Artigo 8º

A  análise da referida citação nos reporta ao que a princípio seria o papel principal das universidades brasileiras.

Será  a universidade “locus” por excelência para que novas idéias fecundem. Hoje as pesquisas universitárias voltam-se para a preocupação com a formação do novo profissional.
Uma análise acerca das pesquisas, demonstram que estas  não estão dando dicas reais  para a prática. As pesquisas parecem provar que o educador/pesquisador já tem em mente. Diante disto poderemos indagar:- O que é o professor  prático-reflexivo?

Analisando alguns estudos sobre pesquisa educacional, constatamos que nos anos 90 estes se debruçavam sobre a prática pedagógica, formação institucional, dentre outros que não colocavam o professor como sujeito dentro do processo de transformação. Tais estudos centralizavam a formação docente, que passava pelo crivo de sua formação e outro aspecto a ser ressaltado, passava também pelo âmbito institucional.

As pesquisas atuais em educação tendem a enfocar “ainda” o que falta ao professor. Pouco se fala sobre as atividades docentes que estão frutificando. Carece levar em conta o paradigma para a formação docente.

Nos dias atuais cabe inferir: O professor é um pesquisador? Há diferença entre ensino e pesquisa? Muitos educadores supõem que ao pedirem para que seus educando executem um trabalho bibliográfico, estão  solicitando uma pesquisa.

Entendemos que pesquisar  é trabalhar com as contradições  para daí   buscar um encontro e não uma caçada à verdade absoluta. Será nas brechas que o educador/pesquisador poderá vislumbrar a construção da lógica emancipatória.

Neste período onde impera o neoliberalismo, caímos na armadilha ideológica de substituir o cidadão pelo consumidor. E assim, muitas pesquisas são encomendadas em defesa de uma prática docente que distancia sujeito/objeto de pesquisa e pesquisador.

Ainda pesquisa-se pouco as microesferas que poderiam mostrar novas possibilidades. O neoliberalismo enfoca o saber individualizado. Nesta perspectiva, as pesquisas em ciências humanas fica num paradoxo diante do qual o ofício (trabalho artesanal) entra em colapso com a técnica (profissão).

Por um lado privilegia-se o fazer/demanda, por outro privilegia-se o pensar – que prioridades definir agora?

Para isto teremos que pensar em método: teoria, filosofia, teoria do campo específico a ser analisado. Poderíamos aqui abrir outro campo de análise esboçando o suporte teórico filosófico: positivismo; estruturalismo, fenomenologia...
Ou ainda caberia ressaltar o suporte teórico metodológico da pesquisa qualitativa:

-pesquisa-ação
-pesquisa participante
pesquisa etnográfica
-etnometodologia.
Ou destacarmos os tipos de pesquisa
-Estudo de caso, descritiva ou histórica.

Mas não caberia neste estudo tal tipo de viés, pois a nossa crítica recai sobre a indissociabilidade  ensino/pesquisa.










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