segunda-feira, 16 de março de 2015

REFLETINDO O POEMA PEDAGÓGICO DE ANTON MAKARENKO


Frente a todos os acontecimentos atuais, resgatamos historicamente, pensadores que nos fazem perceber que enfrentamos desafios semelhantes aos de nossos antepassados.

Hoje, a mídia difunde uma ideologia mais preocupada com o ter do que com o ser. 
A nossa escola pública não é prioridade e a formação para a cidadania se distancia das políticas públicas educacionais. A Educação pública não é vista como prioridade.

Setores diversos são conclamados a refletir sobre a educação, enquanto o professor (que vivencia o sistema) é expropriado de tais políticas enquanto agente de mudanças.

 Tomamos a qui a beleza do "Poema Pedagógico", de Anton Makarenko para visualizarmos que há muito o que ser feito e desde muito a opressão no bojo educacional vigora.

Trechos do livro:
"O mais desagradável dos dialogos é aquele em que o interlecutor que tem o poder para decidir joga com a teoria, acreditando que a teoria determina a realidade".
“Nas ruas, a vida desses pequenos cidadãos transcorre naturalmente e os problemas de sobrevivência são solucionados sem que se recorra à moral e aos princípios tanto prezados pela nossa sociedade, pois não possuem nem tempo, nem costume, nem escrivaninha para ocuparem-se destas coisas. (...) é preciso sobreviver, mantendo-se com força na superfície do globo terrestre, mesmo que para isso seja preciso agarrar-se nas bolsas das senhoras e nas pastas de elegantes cavalheiros.

(...) A vontade dessas crianças a muito fora esmagada pela violência e pelos safanões dos mais velhos. Ao mesmo tempo essas crianças não são nada idiotas; de fato são crianças comuns, colocadas pelo destino numa situação incrivelmente absurda: Por um lado elas estão privadas de todos os beneficios do desenvolvimento humano e, por outro, são excluídas das soluções salvadoras, pela simples razão da sua luta pela sobrevivência. (Makarenko, 2005)

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