quinta-feira, 30 de abril de 2015

RELAÇÕES FAMILIARES E CONTEXTO ESCOLAR


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Ser pai e mãe em nossa cultura é cumprir para além dos laços afetivos,  representações sociais. Ao gerar uma criança,  o casal vê-se diante de expectativas pessoais e de outrem.
Ao conceber uma criança deficiente, os pais podem sentir que “falharam”, sentem-se culpados, muitas vezes envergonhados e sozinhos. Com quer compartilhar esta experiência? Perguntam-se.  Muitos pais ficam  na expectativa a encontrarem um fio de luz, que responda  aos motivos que os contemplam em ter um filho deficiente. A não correspondência ao filho sonhado traz consigo um forte estigma: como lidar com a diferença?
Esta ambivalência de sentimentos, os  faz perder de vista que  a vida acontece no dia-a-dia. Que para estes pais, será necessário uma  reestruturação das tarefas de seu cotidiano.
Ao perceberem a deficiência, deixam de lado, todo resto. O que pode provocar uma ruptura inclusive no equilíbrio do casal. Concordamos com Buscaglia ao enfatizar que  “ter um filho não faz de ninguém um pai” (1993, p. 81). Será preciso o envolvimento, o encorajamento e o compromisso com este novo papel a ser desempenhado.
Em muitos casos, o comportamento super protetor  dos pais,  leva o filho a ser tratado como uma eterna criança. A ênfase é dada  naquilo que parece faltar e não naquilo que é possível atingir.
Não estamos falando da negação da deficiência, mas de sua não aceitação. A criança deficiente é muitas vezes vítima destas representações sociais e, o seu não “enquadramento” ao ideal do filho sonhado.
O nosso papel enquanto educadores  será a de acolher também a esta família e não a de reforçar as suas inseguranças. Será nossa tarefa também estimular a criança e apresentar devolutivas (positivas) para esta família.
Enfim, independente dos arranjos sociais aos quais  a criança deficiente pertença, a família deve participar ativamente do processo formativo global deste filho.

   Estabelecimento de laços entre os pais e o bebê – favorece o seu desenvolvimento afetivo e cognitivo – propicia aos pais o sentimento de serem pais “ suficientemente bons” para aquele bebê.


A relação entre pais é filhos é construída no cotidiano. Os laços familiares se formam à  medida em que há o envolvimento entre as partes. Diante daquilo que não conhece (os aspectos da deficiência) os pais julgam-se incapazes de cuidar da criança.
Esta insegurança pode ser repassada para o bebê e em muitos casos, resulta na falta de atenção ou em seu oposto: super proteção.

Os pais de filhos sem deficiência não  se preocupam tanto com o fato de serem ou não bons pais para aquele filho, pois há uma estrada já percorrida por outros pais e que oferece uma certa segurança para ajudarem sua criança a ser uma pessoa capaz de enfrentar as adversidades da vida. Aos pais de crianças deficientes será preciso aprender a lidar com a deficiência e reelaborar as suas expectativas frente ao novo. Daí vem o receio de falharem. Muitas vezes será papel dos especialistas que lidam com esta família (médicos, professores, assistentes sociais, dentre outros) esclarecer pontos relevantes e propor novas formas para o fortalecimento de vínculos.

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