terça-feira, 25 de agosto de 2015

O QUE MUDA QUANDO MUDA A AVALIAÇÃO?




A avaliação da aprendizagem é uma categoria que compõem o trabalho pedagógico e afeta os agentes envolvidas. Sem ela, a interferência nos objetivos educacionais propostos fica desprovido de sentido. Deve pois ser discutida sob o viés ético  e epistemológico para que suas vicissitudes e agruras sejam entendidas sob a ótica do aluno e também do professor.


Afirmo em outros textos que a prática avaliativa é árida e provoca debates profícuos no meio acadêmico. Quão relevante para que novas práticas emerjam é o debate claro e o papel ideológico que a avaliação representa secularmente.

A avaliação precisa ser entendida como cultura acadêmica já incorporada por alunos, famílias e instituições de ensino. Muitas vezes é ela que leva a família à escola para entender possíveis dificuldades de aprendizagem ou de 'ensinagem'.

Segundo Cipriano Luckese, a avaliação pressupõe juízo de valores. Logo, a sua prática não é neutra.

Contudo, muitas práticas avaliativas estão agregadas às alterações em outros elementos: alteração curricular, mudança nos objetivos, dentre outros aspectos.

Quando a avaliação sinaliza que o aluno não aprendeu, há o prolongamento de sua vida acadêmica por mais um semestre ou mais um ano, dependendo da organização do tempo escolar. Esta temporalidade reflete não apenas na vida acadêmica do aluno, mas também em sua autoestima.

QUANDO PENSAR EM ADAPTAÇÕES CURRICULARES?



Os currículos precisam se adequar gradual e progressivamente mediante uma avaliação dos objetivos. As adaptações curriculares devem levar em conta: 
O que o aluno deve aprender;
Quando e como aprender;
Que formas de organização são mais eficientes;
Como e quando avaliar o aluno;


Currículo: é a identidade da instituição escolar, é sua organização e funcionamento e o papel que exerce a partir das expectativas da sociedade e da cultura em que se insere. É construído a partir do projeto pedagógico da escola e viabiliza sua operacionalização, orientando as atividades educativas, as formas de executá-las e definindo suas finalidades.


O projeto pedagógico deve orientar a operacionalização do currículo, considerando os seguintes aspectos:



A atitude favorável da escola para diversificar e flexibilizar os processos de ensino e de aprendizagem, de modo a atender às diferenças individuais dos alunos.
A identificação das necessidades dos alunos para justificar a priorização de recursos para a sua educação.
A adoção de currículos abertos e propostas curriculares diversificadas.
A flexibilidade quanto à organização e ao funcionamento da escola.
A possibilidade de incluir professores especializados, serviços de apoio e outros. 


Frente ao exposto, o que altera na prática pedagógica, quando altero a minha forma de avaliar? 
Que novos desafios se apresentam e que novas abordagens teóricas respaldarão o trabalho pedagógico?

Que fique a provocação!


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